Arranque platinado

Os arranques platinados estão entre as relíquias que um dia fizeram parte dos componentes elétricos das motocicletas.

Componentes do arranque platinado da mobilete Puch Maxi Motovi.

Os arranques platinados já quase não existem mais, exceto em motocicletas antigas que foram ou estão sendo restauradas (ex. Honda CB 200). Isto porque esse componente surgiu para suprir a ineficiência dos sistemas de recarga de baterias entre os anos de 1960 e 1970 e foram mais tarde substituídos por sistemas mais modernos e mais eficientes de ignição.

Este tipo de arranque funciona da seguinte forma, a "mesa" que gira internamente ao magneto, contém duas bobinas parafusadas a ela. Essas bobinas são cobertas por fios de cobre e ao girar, geram energia por indução eletromagnética (as paredes internas do magneto são cobertas por placas magnéticas). Essa energia é armazenada no condensador, que por sua vez, a transfere ao platinado no momento da "faísca" (que mais tarde será utilizada para a combustão interna do motor, movendo o pistão). A "faísca" é gerada quando as extremidades do platinado são unidas durante o giro da "mesa".

As grandes desvantagens do arranque platinado foram: ( 1 ) sua baixa capacidade no fornecimento da "faísca" quando em baixa rotação, espaço requerido (que é maior do que nos sistemas modernos) e manutenção um tanto quanto complexo (ao menos mais do que nos sistemas modernos). Essas desvantagens foram os principais motivos da retirada desse componente do mercado.

Na oficina

Encontramos um arranque platinado de uma Puch Maxi Motovi, uma mobilete dos anos 70-80 em quase perfeitas condições na oficina. Veja a montagem de seus no vídeo do Mechaniclapse.

Referências

Dan's Motorcycle Repair Web Page. Flywheel Magneto Timing. Disponível em: <http://www.dansmc.com/magneto1.htm> Acesso em: 02/11/2022.

Zimmerman, M. (2016): The essential guide to motorcycle maintenance: Tips & techniques to keep your motorcycle in top condition. Motorbooks, Minneapolis, EUA. [Link]